imagem por Divulgação/OGPL

Serviços de varrição em debate no OGPL

A abertura de licitação para contratar uma empresa que execute o serviço de varrição das ruas de Londrina foi um dos temas discutidos na última reunião do Observatório de Gestão Pública de Londrina (OGPL). Participaram do encontro Álvaro Marcos e Edvaldo Moreno Alves, da diretoria de Operações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), que prestaram esclarecimentos sobre os serviços prestados atualmente e sobre as necessidades do município.

O Observatório está questionando o critério usado pela CMTU para estabelecer a capacidade de varrição diária de cada trabalhador, o que vai definir o número de equipes necessárias para realização do serviço, orçado em R$ 150 mil mensais. Os representantes da CMTU explicaram que o contrato atual não atende as necessidades do município, porque limita uma metragem de 1,1 mil quilômetros de serviços executados por mês, o que é insuficiente para atender uma cidade com mais de 4 mil ruas. Outra limitação do atual contrato é que as equipes só trabalham até as 15 horas. Se houver necessidade de limpeza depois disso, é feito um contrato emergencial.

A CMTU quer estabelecer novo critério para pagamento pelo serviço, baseado no número de equipes disponíveis e na capacidade diária de varrição de cada funcionário. Conforme os servidores, a estimativa atual é que cada varredor tenha uma capacidade individual de executar 800 metros diários, o que corresponde a aproximadamente quatro quadras, considerando os dois lados da rua.

O Observatório avaliou que o é critério vago e sugeriu que a CMTU faça um estudo técnico para saber a capacidade efetiva de varrição para um dia de trabalho, visto que o critério atual é apenas uma estimativa baseada nas entregas da empresa atualmente contratada. A conclusão dos membros do Observatório é que falta informação para a tomada de decisão em relação às exigências do certame. Os servidores da CMTU se comprometeram a realizar o estudo e retornar com os resultados.

Roçagem

Outro assunto debatido na reunião foi o serviço de capina e roçagem. Marcos e Alves, da CMTU, informaram que as equipes disponíveis atualmente não são suficientes para executar o serviço em toda a cidade, principalmente após uma supressão realizada no final do ano passado que reduziu o número de trabalhadores.

O contrato atual prevê realização de capina e roçagem em até 4 milhões de metros quadrados por mês e retorno às mesmas áreas em 45 dias. Diante do volume e da altura do mato, entretanto, as equipes não conseguem atingir a capacidade máxima.

A equipe do Observatório destacou que apenas a realização da roçagem não é efetiva, pois o mato volta a crescer rapidamente, o que acaba gerando desperdício de recursos. O ideal, para a entidade, é que houvesse também a capina do mato, mas o objetivo principal do Observatório sobre esta questão é o plantio de grama, que reduziria a quantidade de mato na cidade e também a frequência necessária de roçagem. Com base nisso os representantes da CMTU comentaram que poderia ser criada uma lei para obrigar novos loteamentos a plantarem grama. 

Lixo

A equipe do OGPL também cobrou os servidores da CMTU sobre a criação de um grupo de trabalho para elaboração da licitação para coleta de resíduos em Londrina, que havia sido prometido no começo do ano. Eles adiantaram que a companhia vai implantar um sistema de telemetria nos caminhões, resultado da comissão que avaliou o termo de referência da licitação de coleta de resíduos. O sistema é composto por câmeras instaladas nos veículos que permitirão fiscalizar o serviço e monitorar se não estão sendo coletados volumes de grandes geradores, que possuem regras específicas para descarte do lixo. A CMTU está planejando colocar os vídeos em tempo real no site da companhia. 

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  • Autor: Toda Rede
  • Data: 10 de abril de 2017